quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Trip ao Cerro Catedral

Em janeiro eu Alexandre Antonio da Silva, de São Bento do Sul e Rafael Scheffer de Campo Alegre, escaladores da Academia Pé na Agarra e mais dois malucos, Daniel J. Casas, Guia de Montanha da Salamandra e Gustavo Gehrs de Joinville, saímos com destino a cidade de San Carlos de Bariloche norte da Patagônia Argentina para algumas escaladas nas agulhas do Cerro Catedral.













Depois de 3400km, aproximadamente 42 horas de estrada, e alguns policiais camineros pelo caminho chegamos a Bariloche para começarmos a nos organizar para as escaladas. Compramos o resto dos equipamentos que faltavam e os mantimentos e partimos para a trilha que leva ao Cerro Catedral



























Escalar na Patagônia exige um certo preparo físico, algum conhecimento do clima local e bastante experiência em escaladas em móvel, é o paraíso das fendas, diedros, arestas e chaminés, com escaladas que proporcionam um visual incrível, num ambiente mágico.
































E como diziam por lá a “Brasiloche”, é hoje um dos destinos preferidos dos brasileiros que querem ter a emoção de escalar na Patagônia, mas com condições mais amenas que ao Sul, podendo experimentar um pouco do gostinho de escalar com temperaturas baixas vento e às vezes até neve, mesmo em pleno verão.














O ambiente de montanha é um lugar que proporciona intensas emoções, passar por um lance difícil na via, escalar com um Condor sobrevoando o vale logo ao seu lado, conquistar a via são coisas que nos colocam em estado de êxtase. Esse ambiente também nos traz autoconhecimento, nos momentos em que estamos sozinhos enfrentando nossos medos, aprendemos a confiar mais no nosso potencial e a manter a calma nos momentos de crise. Escalar faz bem para o corpo para a mente e também para a alma, porque como dizia David B, Berg “No alto da montanha, sozinhos, sentimo-nos bem mais próximos do Senhor”.





































































Depois de um dia de escalada vem a confraternização entre os escaladores, trocas de informações, detalhes das vias, seus lances mais interessantes e os mais difíceis quais os equipamentos utilizados, às vezes tomando um mate quentinho ou um café, a montanha é lugar para aprender e também lugar para fazer amigos.
Escalamos nessa Trip as vias “Diedro de Jim”, e “Sifuentes Weber-Monti” na Agulha Frey, “Nhaca Nhaca Crunch Crunch” na Agulha El Abuelo e a via “Normal” da Agulha Principal ou “La Princi”. Voltamos para casa satisfeitos e com a certeza que no próximo verão estaremos retornando para esse pedaço do paraíso para outras escaladas.





























































quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Escalar sempre é bom, até na própria “Lua de Mel”

Por: Alexandre Antonio da Silva
Final de Dezembro passado fui eu e a Danielle minha esposa até San Pedro de Atacama no norte do Chile curtir a nossa “Lua de Mel”, antes mesmo de partir rumo ao Deserto do Atacama dei uma pesquisada para saber o que tem para se fazer por lá, descobri que existem além de vários passeios por lugares de grande beleza natural, que existem vulcões com diversos níveis de dificuldade para fazer ascensões e um pico de escalada alucinante. Seguimos então conhecendo as atrações dais quais você não pode deixar de visitar estando por lá como o Vale da Lua as Termas de Puritama, o Salar de Atacama, as Lagunas Altiplanicas (Miñiques e Miscanti) a Laguna Chaxa, as Lagunas Cejas, os Geysers Del Tatio e o Museu Arqueológico de San Pedro de Atacama.















Depois de fazer os passeios obrigatórios decidimos fazer o cume de um dos diversos vucões que existem por lá e o escolhido foi o Vulcão Sairecabur, porém segundo os guias de lá existem dois cumes, o verdadeiro e mais alto com 6050 metros de altura sobre o nível do mar, no qual você deixa o carro a 5600 metros (S.N.M.) e tem um desnível de 450 metros sendo feita a sua ascensão por uma série de boulders levando em média em 3 horas e meia, sendo considerada de média dificuldade e ao lado tem o “Outro” cume que tem 5800 metros (S.N.M.) com um desnível de 1000 metros em um trekking de 4 horas e meia em uma enorme rampa de pedras soltas e cinza vulcânica, sendo considerado também de média dificuldade. Decidimos então pelo “Outro” cume, pois como era “Lua de Mel” teria que ser um programa para os dois fazerem. Informamos-nos de como chegar a base e dos detalhes da ascensão e no outro dia pelas 6:00 das manhã seguimos em direção a Mina de Enxofre “Sasiel” que fica na base do vulcão, subimos então por uma estradinha com um aclive bem acentuado até uma área que se costuma estacionar o carro a 4800 metros (S.N.M.) . As 7:00 da manhã com um frio danado começamos a subida pela rampa, fazendo um zigue-zague de 3 horas e parando para descansar a cada 10 passos chegamos a cratera do vulcão, demos uma pausa e continuamos por mais 1hora e meia até o cume a 5800 metros sobre o nível do mar. O Visual era incrível e apesar de ser apenas um trekking já da aquele gosto de vitória em ter conseguido chegar ao cume.














No outro dia fomos até Antofagasta cidade portuária com grandes praças e monumentos para curtir um pouco do Oceano Pacífico. Ao retornar para San Pedro fui atrás de Pablo um escalador local que conheci no “Clube de Escalada Deportiva” alguns dias antes, e que se encontrava no setor de escalada em Socaire. Seguimos então uns 75 km até a cidadezinha de Socaire e lá se encontra a “Quebrada Nascimiento” um cânion à 3800 metros (S.N.M.), com um setor de escala esportiva de tirar o fôlego (literalmente). Este setor conta com uma infinidade de vias desde que vão desde um 5.9 à um 5.13a, as paredes são de material vulcânico (ígneas / liparita), com buracos de bidedo, fendas na diagonal diedros e arestas que proporcionam uma escalada incrível. Entrei nas vias “Pisco Loko” 5.10a e “Don Seferino” 5.10b, as duas vias fáceis mas tendo que trabalhar muito a respiração por causa da altitude em que o setor se encontra com a Dani fazendo segurança(só não podia cair...rsrsrsr). Depois de curtir um pouco das vias fiz algumas fotos da galera local escalando.
Essa foi na minha opinião a “Lua de Mel” perfeita!!! (para um escalador é claro).